A estudante Camila Monart conta que começou a se interessar pelo setor por gostar de desenhos: “acho que todo mundo que gosta de animação sabe desenhar, gosta de desenhos”.
Ela trabalha em um estúdio de animação, criado há quatro anos. Lá são feitos vários tipos de trabalhos como o curta "Téo e sua turma", de dez minutos, que levou um ano pra ser produzido.
Um dos sócios do empreendimento, Rafael Vale Barradas, explica o que é feito no dia-a-dia do estúdio: “a gente faz desde o storyboard até uma animação completa, com todas as etapas. Tem o concept, a arte final, a colorização e a parte de dublagem, que precisamos acompanhar para sair tudo direitinho”.
Para os donos do estúdio, o mercado, apesar de ainda pequeno, está em expansão no Estado. É o que diz o sócio André Rodrigues (foto 5): “com apoio de leis de incentivo do governo, com a facilidade de acesso a softwares de animação, a procura vem crescendo e, acredito, daqui a dez anos estaremos em uma condição ideal”.
Uma prova do crescimento do mercado em Pernambuco é a criação do curso de cinema de animação. Desde 2008, ele é oferecido em uma faculdade do Recife, onde são ensinadas as principais técnicas da área.
O curso tem duração de três anos e meio e é o único no Nordeste. A primeira turma deve se formar em breve. O professor Felipe Beltrão conta que a grade curricular preenche desde técnicas básicas do cinema, até elementos mais específicos do ramo.
A estudante Ianah Maia, estudante do curso, diz que a experiência é válida: “o curso dá bastante suporte para estudo. Tem muitos profissionais interessados em ensinar. Desde 2008, quando entrei no curso, que estou trabalhando com isso”.
O presidente do Porto Digital, Francisco Saboya (foto 6), revela que o mercado é bastante promissor para o profissional que apresenta boa qualificação: “podem ser os dois tipos de curso [técnico e universitário]. A área de animação é uma das que mais crescem no Porto Digital e você tem um leque muito grande de profissionais, que vai desde arquitetos e designers, até as funções mais simples”.
“A necessidade de fazer um curso é sempre um diferencial no segmento. As pessoas que querem entrar nessa área precisam ter em mente que é preciso um compromisso constante com o aprendizado. É muito importante saber Inglês, porque a maioria dos manuais e demais informativos são escritos nessa língua”, completa.
A absorção pelo mercado no País é boa, mas é preciso que o profissional cumpra os requisitos para a vaga, o que muitas vezes não é proporcionado pelo aparelho formador: “Muitas vezes o aparelho formador, constituído pelas universidade, não forma o profissional adequado. É preciso, então, muito cuidado na hora de escolher o curso e a escola. É importante pressionar a faculdade para que ela se ajuste às necessidades de mercado”.
“A média salarial no porto Digital é de 2,8 mil reais, o que coloca esse espaço com uma média salarial mais de três vezes superior a toda a Região Metropolitana do Recife. Não precisa mais sair do país para ganhar bem. Pelo contrário, muita gente está vindo para o Porto Digital. A possibilidade de ficar aqui no porto digital após formado é uma realidade”, finaliza Saboya.
Vídeo PE360graus
Gostei da informação e do breve video!
ResponderExcluirBeijOs*-*
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